sábado, 10 de outubro de 2009

Felicidade

Essa música vai como complemento de resposta à minha amiga Renira do canal 7. Ela perguntou se eu tomo algum tipo de droga, pra ser assim...Tão feliz. E minha resposta foi esse trechinho aí embaixo que lí uma vez, no perfil de minha amiga Bete Caetano:
"EU LEVO UMA VIDA DE CACHORRO...
Não me drogo
Não odeio
Não contamino
Não invejo
Não cobiço
Não traio
E, sobretudo, não dependo de
bens materiais para SER FELIZ!"

E se eu soubesse a letra inteirinha dessa Apresentação musical
de Zélia Duncan, teria cantado pra ela.

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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Pedindo perdão ao Patriarca da Independência



Por Decreto Estadual nº 50499 Artigo 1º Parágrafo II, é feita anualmente a transferência simbólica no dia 13 de junho de cada ano, data de nascimento de José Bonifácio de Andrada e Silva, da sede do Governo do Estado de São Paulo para a cidade de Santos.
Herói da Pátria, consolidador da Independência no Brasil, unificador da Pátria, pai da marinha de guerra no Brasil, e tantos outros títulos concedidos à este Santista, exemplo de dignidade etc e tal... Poderia ficar dias relatando os feitos desse nobre cidadão, mas hoje estou aqui no meu momento cívico, para pedir perdão à José Bonifácio de Andrada e Silva.
Sim, eu peço perdão ao Patriarca da Independência, por eu não ter concedido ao meu filho, à nobreza do nome dos Andradas em sua certidão de nascimento.
Meu marido que hoje certamente está no céu, ao lado dos seus ilustres antepassados, não devia ter consentido na minha teimosia em omitir o sobrenome Andrada na certidão de nascimento do nosso filho Ricardo. Não estou querendo redimir a minha culpa, e como meu marido dizia, o sobrenome Andrada não serviria hoje , sequer para se abrir um crediário nas Casas Bahia, sem contar que todas as vezes em que perguntavam-lhe o nome, ele tinha que responder e frisando bem um dos sobrenomes: "An-dra-dA"... com A no final. E em 99,9% dos casos ainda vinha escrito Andrade.
Minha sogra bem que insistiu, dizendo que o neto mais tarde teria orgulho em ser reconhecido como um Andrada,chegou mesmo a brigar comigo, pois ela amava a aristocracia.
Não demorou muito para que eu descobrisse o quanto ela tinha razão. A 1ª vez na escola quando caiu numa prova a pergunta: Quem foi José Bonifácio de Andrada e Silva? Ricardo respondeu: "Foi o tataravô do meu bisavô". Nem sei se essa sequência é realmente a correta, pois já se passaram 171 anos da morte de José Bonifácio, e eu nunca me preocupei em montar a árvore genealógica.
Perguntei ao meu filho quando ele já estava adulto: Você gostaria que eu tivesse incluído no seu nome o sobrenome Andrada? Ele disse que sim. Conversamos sobre essa atual possibilidade e vamos procurar meios para fazermos a inclusão em sua certidão de nascimento, do sobrenome Andrada. Já disse à ele que as despesas para isso, faço questão de pagar, por se tratar de minha culpa, minha máxima culpa. Seria bom a gente esperar que os filhos crescessem, para que pudessem escolher os próprios nomes.

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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Olhai os Lírios de Santos


E eis que surge a 1ª manhã de setembro, o mes mais lindo do ano.
Ainda nem chegou a primavera e os jardins da orla já estão bordados de lírios amarelinhos...
Lindo Demais...
Qual uma Alice no País das maravilhas, passei o fim de semana caminhando pelo meu
mundinho encantado,onde até as ondas saem do mar para abraçar os lírios de Santos.

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domingo, 5 de julho de 2009

Filmes Iranianos

"Nada nessa vida acontece por acaso". Essa é a frase feita mais certa que conheço. E é partindo dela que vou contar-lhes esse caso real que aconteceu comigo.
Como todos já estão carecas e outros até cabeludos de saber, sou corretora de imóveis, e como tal , já realizei muitos sonhos ao tão desejado "Lar-doce-lar".
Há mais ou menos quatro anos atrás, atendi um pai e filho Iranianos. Eles não sabiam o que queriam... Se casa ou apartamento. Também não sabiam quanto queriam investir, e eram fechados em sua forma de comunicação. Eram bem simples na forma de se vestir... Bermudas, sandália havaianas e camiseta. Eu nunca avaliaria um cliente pela sua vestuária, pois meu pai costumava entrar em lojas de automóveis para comprar um carro zero, com calças de trabalhar na fazenda, chinelo de dedo , por que estava sempre com os dedos dos pés machucados, por pisadas de vacas. Eu me deliciava com a cara de surpresa dos vendedores, quando o interrogavam: O Sr. pretende pagar em quantos anos? E ele enfiava as mãos nos bolsos, tirava aqueles pacotões de dinheiro amarrado em elástico e dizia em sua simplicidade: Vou pagar tudo agora mesmo. Nessa hora, logo aparecia o gerente, tentando convencê-lo a levar um modelo mais caro. E urgentemente pedia à secretária para trazer água, café... Acredito que ficavam envergonhados por terem se comportado de forma tão preconceituosa.
Relatei a forma simples como esses clientes Iranianos se vestiam, por que algumas pessoas que estavam na sala comigo, ao verem eu me levantar para atendê-los, chegaram inclusive à comentar que eu iria queimar a minha vez com eles, pois não tinham perfil de compradores. Como estavam enganados... Essa foi a venda em que tive uma das maiores remunerações.
Um dos princípios básicos para voce ser uma vendedora de sonhos (Corretora de Imóveis), é não pensar na sua comissão, ela será uma conseguência se voce empenhar-se em descobrir a necessidade do seu cliente. E para isso voce precisa conquistar-lhe a confiança, o que exige muita paciência... E com esses meus clientes a "quebrada de gêlo" não estava sendo fácil. Eles não demonstravam o menor interesse em minhas tentativas de conquistas... Eram evasivos, respondiam apenas SIM ou NÃO.
Foi aí que meu Anjo da Guarda(sempre em prontidão) soprou em meu ouvido:"Fale à eles que você é uma viciada em filmes Iranianos"...
Não perdi tempo... E do banco de trás daquele Jeep empoeirado e apertado, disparei: "Sabe, eu sou uma louca apaixonada por filmes Iranianos. O atendente da minha locadora tem meu telefone, sabe que será gratificado sempre que me informar sobre a chegada de um novo filme Iraniano. Eu não compreendo como um País de povo tão briguento como o Irã, consegue fazer filmes tão sublimes, que despertam em mim durante semanas e as vezes meses, questionamentos... e blá blá blá blá...." Eu nem havia percebido que eles pararam o carro para escutar o que eu falava com tanto conhecimento e euforia. Disseram que jamais em País algum alguem tinha demostrado tanto interesse pela arte deles, e que a produção desses filmes que aguçavam tanto a minha sensiblidade, vinha justamente dessa dor de um povo sofrido pelas perdas em guerras...
Desnecessário dizer que ficamos horas conversando sobre filmes Iranianos.
Eu nunca imaginei que minha paixão por filmes Iranianos, fosse render a venda de um imóvel em um dos bairros mais nobre de Santos, que não cabe aqui revelar, por respeito à privacidade do cliente. Nada é por acaso, como não foi por acaso minha paixão por filmes Iranianos.

Dentre os filmes Iranianos que assisti, posso citar : "Onde Fica a Casa do Meu Amigo?, Tempo de embebedar Cavalos, As borboletas estão logo atrás, Flores de Pedra," e dezenas de outros que a péssima memória não me permite lembrar...
Mas sem sombra de dúvida, o filme Iraniano que mais me marcou foi "Filhos do Paraíso".
Um filme sem efeitos especiais holywoodianos, mas merecedor de um oscar, pela sutileza, que nos remete à nossa mais profunda sensibilidade, criando em nós a necessidade de reflexão, sobre valores morais... Não há como não se emocionar. Para quem não viu... Trata-se da história de um menino de + ou - 9 anos proveniente de uma família humilde e que vive com seus pais e sua irmã. Um dia ele perde o único par de sapatos da irmã e, tentando evitar a bronca dos pais, passa a dividir seu próprio par de sapatos com ela, com ambos revezando-o... Não vou contar o filme todo né? Se você ainda não assistiu, assista... Eu recomendo!

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